EUA Fracassam contra Houthis? Custos Altos e Perdas

Porta-aviões USS Harry S. Truman no Mar Vermelho durante operação contra Houthis

Em Resumo

A operação militar dos EUA contra os Houthis no Mar Vermelho, liderada pelo USS Harry S. Truman, enfrenta críticas devido a custos bilionários, perdas de caças F/A-18E e drones MQ-9 Reaper, e resultados insatisfatórios. Apesar do cessar-fogo anunciado por Trump, os Houthis continuam atacando, levantando dúvidas sobre a eficácia da campanha e gerando tensões na comunidade internacional.

Operação no Mar Vermelho: Um Cenário de Conflito

Desde o final de 2023, os EUA intensificaram operações contra os Houthis, grupo rebelde iemenita apoiado pelo Irã, que ataca navios no Mar Vermelho em apoio aos palestinos. O porta-aviões USS Harry S. Truman (CVN 75) tem sido o epicentro das operações, utilizando caças F/A-18E Super Hornet, F-35C e drones MQ-9 Reaper. Contudo, a campanha enfrenta desafios operacionais e perdas significativas, com os Houthis mantendo pressão com drones e mísseis.

Custos Astronômicos da Guerra

Os custos da operação ultrapassaram as expectativas iniciais de Trump, que previa gastos moderados para um mês de conflito. Em abril de 2024, o secretário da Marinha dos EUA estimou que US$ 1 bilhão já haviam sido gastos apenas em munição naval. Cada hora de voo de um F/A-18E custa cerca de US$ 30,4 mil, sem contar armamentos. A perda de sete drones MQ-9 Reaper, cada um avaliado em US$ 30 milhões, elevou ainda mais os gastos, comprometendo o orçamento militar.

Perdas de Equipamentos e Incidentes Críticos

Em abril de 2025, um F/A-18E caiu no Mar Vermelho durante manobras evasivas do USS Harry S. Truman para evitar um ataque Houthi com drones e mísseis. Em maio, outro F/A-18E caiu devido a uma falha no sistema de engate durante a aterrissagem, com os pilotos sofrendo ferimentos leves. Além disso, os Houthis reivindicaram a derrubada de sete drones MQ-9 Reaper desde março de 2025, expondo vulnerabilidades na defesa aérea americana.

Declaração de Vitória de Trump e Reações Internacionais

Apesar das perdas e dos resultados limitados, o presidente Donald Trump anunciou um cessar-fogo e declarou vitória contra os Houthis, alegando que o grupo cedeu após intensos bombardeios. No entanto, os Houthis negaram o acordo e continuaram ataques, desafiando a narrativa americana. A comunidade internacional questiona a eficácia da operação, com aliados como Portugal e Canadá reconsiderando compras de caças americanos, como o F-35, em meio a tensões com a política de Trump.

Houthis: Uma Ameaça Persistente

Os Houthis, com apoio iraniano, têm refinado táticas assimétricas, utilizando drones de baixo custo (alguns estimados em menos de US$ 1.000) e mísseis para desafiar a superioridade tecnológica dos EUA. Desde novembro de 2023, o grupo atacou cerca de 100 navios mercantes, interrompendo 15% do tráfego marítimo global. A incapacidade de neutralizar essa ameaça levanta dúvidas sobre a estratégia americana e a sustentabilidade de operações prolongadas.

Conclusão

A campanha dos EUA contra os Houthis no Mar Vermelho revela um cenário de altos custos, perdas materiais e resultados Insatisfatórios. Enquanto Trump celebra uma suposta vitória, os Houthis mantêm sua resiliência, desafiando a narrativa de sucesso. Os incidentes com o USS Harry S. Truman e a pressão internacional sugerem que a estratégia americana precisa de revisão para enfrentar ameaças assimétricas em um contexto geopolítico cada vez mais complexo.

sem comentários

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *